Desafios na inclusão de pessoas com deficiência visual no mercado de trabalho
- Marlan Levi
- 23 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de jun. de 2024
Pessoas cegas ainda encontram obstáculos para conseguirem a efetiva inclusão profissional
Por: Andreza Soares, David Bryan, Ellen Cidreira, Ellen Sophia, Marlan Levi e Polyanna Pereira.

Pessoas com deficiência visual ainda enfrentam desafios significativos no acesso igualitário a oportunidades de emprego. O 4º Artigo da Lei Nº 11569, do Estatuto da Inclusão Social e Econômica das Pessoas com Deficiência do Estado do Maranhão, estabelece o direito à Igualdade de oportunidades. Contudo será que essa norma é aplicada na prática?
Mayk da Silva Machado, presidente da Associação dos Deficientes Visuais do Maranhão (ASDEVIMA) relatou que, em 2001, houve projetos de qualificação feito pelo Senai para contratações de pessoas com deficiência visual referente ao setor de telemarketing para “Lojas Gabriela”, porém, segundo ele, apenas pessoas com baixa visão foram contratadas, não havendo admissões de indivíduos cegos com perda total de visão.
A acessibilidade a oportunidades profissionais para pessoas com deficiência é um direito estabelecido por lei. No entanto, observa-se uma falta de capacitação e possivelmente um descuido nos processos seletivos das empresas voltados para esse público. Maria Lucilene Sousa, professora da Escola de Cegos do Maranhão (ESCEMA), contou que muitos deficientes visuais estão empregados, mas poucos deles são completamente cegos.
Segundo ela, “os donos de empresa acabam não contratando o cego total por achar que terão que adaptar tudo, quando na verdade não é assim”.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 26% das pessoas com deficiência estavam no mercado de trabalho no ano de 2022, dado que evidencia uma falha econômica e social. O cenário atual revela uma tentativa de inclusão por meio da legislação, mas enfrenta obstáculos devido à falta de conhecimento e apoio das empresas na contratação desses profissionais. Sendo assim, é importante uma postura educacional e democrática por parte das instituições e empresários, visando o ingresso democrático dessas pessoas e incentivando sua autonomia econômica, assim como o desenvolvimento e aumento de empregos locais.
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