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Reggae maranhense: uma onda musical com raízes jamaicanas

  • Cultura
  • 20 de mai. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de jun. de 2024

Popularizado nos anos 70 o reggae é um ritmo que canta a harmonia, a paz, o amor e a igualdade


Por: Ana Beatriz, Ana Rodrigues, Gustavo Henrique,  Jessyka Melo,  Joyce Araújo e Rafael Goes.


A imagem destaca o interior do Museu do Reggae, centralizando a radiola, de cor verde, composta por vários auto-falantes. A esquerda temos um manequim de cor preta trajando um moletom listrado com as cores verde, vermelho e amarelo. E a direita, temos dois manequins de cor branca e preta, simulando um casal dançando reggae. O manequim branco está trajando uma camisa regata de cores verde, vermelho e amarelo e uma calça branca, enquanto que o manequim preto está usando uma boina com as cores verde, vermelho e amarelo.
Museu do Reggae do Maranhão é o primeiro museu temático de reggae fora da Jamaica e o segundo do mundo. Créditos: Ana Rodrigues, Jessyka Melo/Foto

Um estilo musical surgido no século XX, na Jamaica, onde uma de suas características principais é o ritmo lento e dançante, perfeito para dançar a dois, o reggae ganhou espaço e popularidade dentro do estado do Maranhão, mais especificamente na capital do estado.


O ritmo tornou-se muito popular no Maranhão a partir dos anos 70, principalmente devido à forte presença da cultura jamaicana na região. Os artistas maranhenses desenvolveram seu próprio estilo com tradições e elementos da música local. Um dos estilos presentes no estado é o reggae de radiola.


“Uma radiola é um sistema de som, ela não é original de São Luís. Existem na Jamaica os chamados Sound System, que são semelhantes aos nossos, só que os de São Luís do Maranhão são bem maiores. As radiolas detêm praticamente quatro paredões, é quase incalculável o número de alto-falantes, tweeters, cornetas, médios e de potência”, explicou o DJ de radiola, Jorge Black.
A imagem mostra o Dj Jorge Black, homem preto com barba branca que está utilizando uma camisa preta com listras com as cores verde, amarelo e vermelho. Ele está olhando para o lado e com as mãos entrelaçadas. No canto inferior direito, temos um vaso marrom com flores artificiais.
 DJ de radiola, Jorge Black. (Créditos: Ana Rodrigues, Jessyka Melo/Foto)

Black também falou sobre a ascensão do reggae na cidade. “Nós já fomos o palco de maior número de radiolas que poderiam existir em uma cidade. Hoje, ainda é incalculável o número de radiolas que existem em São Luís do Maranhão. Mas não é com a mesma intensidade que eu diria que foi até 2015, por aí assim, era bem mais intenso, relembrou o DJ.


Em São Luís, ou “Jamaica Brasileira”, como é popularmente conhecida, podemos encontrar diversos espaços dedicados ao reggae, como bares, casas de shows e festas com o tema.

“O reggae não é um ritmo qualquer, de maneira alguma. O reggae é um ritmo que é um veículo de mensagens. Basicamente paz, amor, harmonia e igualdade. Se tu falas assim, é muito bonito, né? Mas tu tens que meter a mão na massa para que tenhas paz e harmonia. E o reggae fala disso, é um mensageiro, é um veículo de mensagens, de luta”, disse o diretor do Museu do Reggae, Ademar Danilo.

Tendo como fundo uma radiola verde com vários alto-falantes, a imagem centraliza o diretor do Museu do Reggae, Ademar Danilo. Ele é um homem preto, com barba preta e está utilizando óculos. Ele está trajando uma camisa verde com detalhes em vermelho e amarelo e uma calça jeans azul.
Ademar , DJ e primeiro diretor do museu do Reggae. (Créditos: Ana Rodrigues, Jessyka Melo/Foto)

A cidade tanto valoriza e cultiva a cultura do reggae que, além de atrações musicais pela cidade, encontra-se também um museu totalmente dedicado à história e cultura do ritmo, com suas peculiaridades locais. Para quem deseja conhecer o Museu do Reggae, que fica localizado na Rua da Estrela, no Centro Histórico da capital, o funcionamento é de terça a sábado, das 09h00 às 18h00, e aos domingos, das 09h00 às 13h00. O museu tem como objetivo preservar, compartilhar e cultivar a história do ritmo entre os maranhenses e turistas.


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