O enfrentamento do bullying nas escolas maranhenses
- Educação
- 26 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de jun. de 2024
O enfrentamento do bullying nas escolas maranhenses
Por: Ana Carolina Nunes, Cauã de Sousa, Isabel Pires, Joyce Menezes, Rafaella Fernandes, Yasmin Santos e Yuri Nepomuceno.

O bullying é tema de preocupação constante para autoridades jurídicas e educacionais. No início do ano, o presidente Lula sancionou a lei contra o bullying e o cyber bullying. Esse tipo de infração é delicado, pois envolve menores de idade e, em casos extremos, pode resultar em expulsão. No âmbito institucional, a Lei 13.185 de combate ao bullying desempenha um papel crucial na conscientização em todo o país. Essa lei exige uma série de medidas, predominantemente de natureza disciplinar e educacional, incluindo a implementação de projetos e campanhas nas escolas.

A lei classifica o bullying como intimidação sistemática, caracterizada pela violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. É estipulada a pena de multa quando a conduta não constitui um crime mais grave e reclusão em casos mais graves. Quando ocorre em ambientes escolares, exige-se uma sequência de ações para sua caracterização. No entanto, por se tratar de um crime que frequentemente envolve crianças, a punição prevista pela lei não é aplicada em muitos casos.
O advogado Pedro Araújo contou ter testemunhado inúmeros relatos de casos graves de bullying em escolas do estado, alguns resultando em danos físicos irreversíveis.

A escola Maria José Aragão, localizada na Cidade Operária, mostra uma realidade bem diferente da maioria das instituições de ensino da capital. É uma referência estadual no combate ao bullying, pois incentiva os alunos através de um sistema de sensibilização e acolhimento. Wilson Chagas, que trabalha como gestor geral na escola há sete anos, informou que as ocorrências de atos envolvendo o bullying são quase inexistentes. “O desafio maior é você desenvolver uma prática que efetive a não necessidade de combate ao bullying. Então é a prática cotidiana de fazer compreender que é cada um dentro do seu cada qual. E existe uma forte política de sensibilização”, e finaliza afirmando que só recorre à Secretaria da Educação em última instância, quando a situação sai do controle das diretrizes da escola.

É importante reconhecer que o bullying é um problema real que pode ter efeitos graves na saúde mental, emocional e até mesmo física dos alunos. É necessário promover a conscientização sobre o tema e educar os alunos, pais e professores sobre o que constitui o bullying e como identificá-lo.
Além disso, é fundamental criar um ambiente escolar seguro e inclusivo, onde os alunos se sintam à vontade para relatar incidentes de bullying sem medo de retaliação, onde todos os alunos se sintam valorizados e seguros.
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